quinta-feira, 1 de maio de 2014

Envoltório Celular - Membrana Plasmática

Apesar de muito delgada (6 a 10 nm), a membrana plasmática é dinâmica e de grande importância para todo o metabolismo celular. Antes de estudarmos a morfofisiologia da membrana plasmática, é preciso relembrar alguns conceitos fundamentais:
  • Estrutura fundamental da célula: membrana plasmática, citoplasma, núcleo (ou nucleoide) e ribossomos*.
  • Célula Eucarionte: possui membrana nuclear (núcleo) e organelas membranosas.
  • Célula Procarionte: não possui membrana nuclear (nucleoide) e não possui organelas  membranosas.
  • Hipertônico: meio que apresenta maior concentração de soluto (ou solvente) quando comparado com outro.
  • Hipotônico: meio que apresenta menor concentração de soluto (ou solvente) quando comparado com outro.
  • Isotônicos: são meios que apresentam concentrações equivalentes. (Fig1)
Agora que já revisamos alguns conceitos fundamentais, vamos iniciar os estudos sobre a membrana plasmática: 

1. Composição (fig.2)
  • fosfolipídios e proteínas, sendo que os fosfolipídios estão organizado em duas camadas em virtude de possuírem um polo hidrofóbico e um polo hidrofílico. As proteínas podem estar inseridas entre os lipídios (integrais) ou estarem aderidas às extremidades das proteínas integrais (periféricas). As proteínas atuam no reconhecimento de substâncias e também no transporte destas através da membrana.
  • colesterol: presente na membrana plasmática de células animais.
  • glicocálix: camada de glicídios (muco) localizada externamente à membrana plasmática de células animais, atua no reconhecimento de substâncias e na defesa da célula.
2. Função:
  • delimitar meio interno e externo.
  • controlar a entrada e saída de substâncias, tendo em vista que é semipermeável (permeabilidade seletiva).
3. Tipos de transporte:
  • Passivo: não há gasto de energia (ATP): difusão (simples e facilitada) e osmose
  • Ativo: há gasto de energia.
3.1. Difusão: passagem do soluto do meio hipertônico para o hipotônico, buscando o equilíbrio das concentrações. Obs.: ao atingir o equilíbrio (isotônico), o trânsito de soluto continua, no entanto não há mudança nas concentrações. Ex.: o uso da batata para equilibrar o sal na comida.

3.2.  Osmose: passagem do solvente do meio hipotônico (em relação ao soluto) para o meio hipertônico. É importante observar que células animais e vegetais se comportam de forma diferente quanto à osmose, em virtude da presença ou ausência de parede celular. (fig.3) Ex.: a água que se acumula nas saladas que foram temperadas antes do momento de servir.
3.3. Difusão facilitada: ocorre quando o soluto não consegue atravessar livremente a membrana plasmática e por isso recebe 'ajuda' de proteínas especiais, as permeases; estas proteínas podem ser do tipo canal ou carregadoras. Neste caso, também é o soluto que vai do meio hipertônico para o hipotônico.
3.4. Bomba de Sódio e de Potássio: é um exemplo de transporte ativo, onde o soluto atravessa do meio hipotônico para o hipertônico, com auxílio de permeases (carregadoras) e gasto de energia (ATP).

Existem ainda o caso de macromoléculas que não atravessam a membrana por nenhum dos meios citados anteriormente. Nestes casos, a membrana engloba estas partículas e forma vesículas que são liberadas no interior da células. Normalmente estas partículas serão digeridas e eliminadas pelas células. Os processos envolvidos são:
1. Endocitose: entrada de substâncias no interior da célula.
    1.1. Fagocitose: quando a substância que entra na célula é sólida; o englobamento ocorre por emissão de pseudópodes.
     1.2. Pinocitose: quando as substâncias que entram na célula estão em solução (liquida); o englobamento ocorre por invaginação da membrana.

2. Exocitose (clasmocitose): quando a célula elimina substâncias (saída). (Fig. 4)


Diferenças entre meios iso, hipo e hipertônicos
Fig.1
Fig. 2
A diferença é dada pela presença da parede celular em células vegetais.
Fig.3







Fig.4

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